O político do analítico

“Se não digo o que deve ser feito, não é porque não haja o que fazer. Ao contrário, penso que há mil coisas a serem feitas, inventadas, fabricadas por parte daqueles que reconhecem as relações de poder nas quais estão implicados e tem decidido resistir a elas ou escapar delas. […] Não realizo as minhas análises para dizer: as coisas são assim, vocês estão aprisionados. Só digo essas coisas na medida em que considero que isso permite transformá-las.”

Foucault (Dits et écrits, IV, Paris: Gallimard, 1994, p.93)