SOBRE SOFRER

Pode-se constatar como, ao longo da história da psicanálise, de modo talvez inadvertido, a ideia de

sofrimento foi elevada ao estatuto de um objeto que funciona como razão necessária senão suficiente

para se empreender uma análise. Argumento que isso se deve a que malgrado os esforços de Freud por

separar a psicanálise da medicina e da religião, os analistas ainda permanecem mais cativos da moral

judáico-cristã do que gostariam de admitir. Caberia discutir as incidências sobre a aplicação do método

psicanalítico e como afeta a reivindicação de uma ética que fosse inerente à psicanálise.

 

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