“Há coisas mais importantes que a infância”. Não sou eu que o diz, é um cachorro, no último conto de Kafka. Poderia ser um lema para nosso tempo, que promove Peter Pan como ideal e que talvez tenha em Michael Jackson seu exemplo mais acabado de realização sintomática. (…)
Categoria: Revistas
A Linguagem segundo Lacan
A homossexualidade entre a psicanálise e os psicanalistas
A dependência dos pacientes
Crianças, adolescentes e loucos sempre foram considerados pedras no caminho do psicanalista. O dispositivo analítico, inventado para adultos neuróticos da classe média, ou não se aplica ou não funciona com eles. Ora porque não falam, ora porque não pediram pelo tratamento ou não podem fazer-se responsáveis pelas suas condições. Alguém manda-os a nós, e deve ocupar-se de trazé-los; alguém paga por eles; alguém (as vezes) fala no seu lugar. Em suma, não são livres de escolher se vão ou ficam. (…)