Algumas perguntas aos psicanalistas de hoje

—Um analista se forma? E como?
—Quais são as relações entre a teoria aprendida nas escolas e a experiência que se teve como analisando?
—Basta esta experiência para se tornar um psicanalista?
E se não, por que não?

Questões que Nina Leite, Ricardo Pacheco e Du Moreira pinçaram em DESLER LACAN de Ricardo Goldenberg —já em sua segunda edição.

 

 

 

Sexta feira, 11 de outubro de 2019 de 20:00 a 23:00

Rua Tinhorão, 60, Consolação, São Paulo -SP, 01241-030
Entrada Franca (como dizem)
Organizado por Ricardo Goldenberg

Entrevista de Ricardo Goldenberg para María Elena Ángeles

María Elena Ángeles, jornalista

Tudo começou com um mal entendido.A revista Hora Hagá tinha me encomendado uma matéria sobre psicanalistas expatriados, a propósito da pergunta “É possível ser psicanalista em outra língua que não a própria?”

Tinha argumentado com a minha editora, Lily Faria, que se existem escritores, como o russo Nabokov ou o polaco (perdão, “polonês”) Conrad, que escreviam em inglês; ou o outro polonês (perdão, “polaco”), Gombrowicz, que o fazia em castelhano; ou o irlandês Beckett, em francês, ou Joyce, também irlandês, escritor em uma língua imaginária, então, pensava eu, por que não poderia haver psicanalistas a analisar em línguas que lhes fossem estrangeiras? Porque, tinha me respondido Lily, a psicanálise consiste na exploração das próprias origens, e na origem está a língua materna.

O argumento parecia de peso, e foi com esta pauta que consegui uma lista de psicanalistas estrangeiros clinicando em São Paulo. Como tenho o hábito pouco brasileiro de organizar a agenda segundo os sobrenomes, comecei com o primeiro da lista, Goldenberg Ricardo.

 

María Elena Ángeles é repórter da revista Harper de Nova Iorque, graduada em

jornalismo pela Auburn University (School of Communication and Journalism),

trabalhou nos jornais O Globo, do Rio de Janeiro e Página 12, de Buenos Aires

 

entrevista-a-maria-elena-angeles_ricardo-goldenberg