Yo no creo en brujas

Embora a divisão do sujeito seja um dado de estrutura que vale para todos, não é sempre que alguém admite para si esta condição. Leia-se O visconde partido ao meio, de Ítalo Calvino, para se ter uma idéia do que poderia ser não consentir à própria divisão. (…)

a-crenca_ricardo-goldenberg

Trair Lacan ou Observações sobre a pele do babaca

J’ai eu la peau du con
Sade via Lacan (via Jacques-Alain Miller)

Je triomphe ! j’ai de la peau du con
Sade (da própria pena)

Abertura

Como ler Lacan?, eis a questão. Ou ainda, o que ler quer dizer? Penso menos na leitura em geral—embora seja um tema interessante: o lugar da letra, isso tudo — como o que significa ler em psicanálise e, especialmente, o quê ler Lacan.

a-pele-do-babaca_ricardo-goldenberg

Serestar

Quando soube que a APPOA dedicaria seu congresso anual de 2006 aos temas do Seminário XI achei providencial, já que estivera enfronhado durante mais de um ano no problema da liberdade. Apresentaria pois um relatório do que vinha desenvolvendo com meus colegas de Percurso Psicanalítico de Brasília: a relação entre determinação e liberdade à luz do inconsciente freudiano. (…)

Serestar_ricardo-goldenberg

O significante démodé

significante, dizia Lacan, representa o sujeito para outro significante. Esta fórmula, este encantamento, repetido durante trinta anos até a exaustão, mostra, sem explicar, a concepção lacaniana de linguagem —esse lugar transcendental, onde subjetividade e significante permanecem enlaçados em mútua remissão. (…)

O-significante-demode_ricardo-goldenberg

Notas sobre a inibição

Hemmung, a inibição, não chega a ser um conceito, ao menos para Freud. Nunca adquiriu a dignidade do sintoma nem a nova respeitabilidade da angústia. A inibição era a prima pobre da psicopatologia. A palavra mesma se abriu caminho até a neurologia vinda da linguagem jurídica francesa, onde significava a suspensão dos direitos legais de alguém. (…)

Notas-sobre-a-inibicao_ricardo-goldenberg

Ideias de Lacan

Humphrey Bogart nunca disse “play it again, Sam”, em Casablanca. Nem Sherlock Holmes, “elementary, my dear Watson”. Tampouco Jacques Lacan recomendou “ne pas céder sur son désir”, no Seminário. Esta versão recolhe o que restou da sua tentativa de teorizar uma ética da psicanálise, em 1959. (…)

Humphrey-Bogart-nunca-disse_ricardo-goldenberg

A Linguagem segundo Lacan

As idéias de um autor não são idênticas ao discurso que ele pratica. Esta distinção, importante em qualquer caso, é decisiva quando se trata do ensino de Lacan. Um artigo recente de Juan Ritvo, que trata da posição de Lacan face à ciência, chamou minha atenção para esta questão. (…)

a-linguagem-segundo-Lacan

TANTAS MAYÚSCULAS

La emoción que a un hombre le parece tan profunda, tan sutil, tan simbólica, a una mujer la deja perpleja. Así ocurre con los oficiales de Kipling que vuelven la espalda y con sus Sembradores que siembran la Semilla y con sus Hombres que están solos con su Trabajo; y la Bandera…

Tantas-mayúsculas-conjet_ricardo-goldenberg

Debate Lacan – Espaço Revista CULT

Psicanalista avaliam como o estilo de Lacan marcou o percurso formativo de cada um. Com Christian Dunker, Ricardo Goldenberg, Maria Lívia Tourinho Moretto, Miriam Debieux Rosa e Dominique Fingermann.

O Problema da Naturalização do Gozo em Lacan e nos Pós-Lacanianos

O Seminário sobre a obra de Jacques Lacan se configura como espaço de estudo das ideias do psicanalista, busca em 2014 examinar seu Seminário XII, sobre os “Problemas Cruciais para a Psicanálise” (1964-1965) e propõe a investigação da teoria da nominação, extraída da filosofia da linguagem de G. Frege à luz da topologia da prática psicanalítica.

Ciclo de seminários realizado pelo Laboratório de Teoria Social, Filosofia e Psicanálise da USP em conjunto com a Escola dos Fóruns do Campo Lacaniano e coordenado por Christian Lenz Dunker, psicanalista, professor livre-docente do Instituto de Psicologia da USP e membro da Escola de Psicanálise do Fórum do Campo Lacaniano.